terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


"Ainda bem que sempre existe outro dia.
E outros sonhos.
E outros risos.
E outras coisas".


(Caio Fernando

Ouvindo as Estrelas


"Há quem me julgue perdido porque ando a ouvir estrelas.
Só quem ama tem ouvido para ouví-las e entendê-las."




(Olavo Bilac)

Eternize o Amor


"Não sei quanto a vocês, mas amor pra mim tem que ter cheiro.





Gosto.



E frases.






Não adianta dizer que um olhar vale mil palavras, que o silêncio diz tudo.




Não, não e não.




Eu quero sentir, tocar, cheirar, provar, morder e ouvir.



Ler.



Então, por favor, diga.





Qualquer coisa que seja,
qualquer frase, qualquer palavra perdida, fale, ou escreva.






Mas por favor, ETERNIZE".






(Fernanda Mello)

Recordações e Sonhos


Todos nós temos nossas máquinas de tempo.


Algumas nos levam de volta, elas são chamadas recordações.


Algumas nos levam adiante, elas são chamadas sonhos."








(Jeremy Irons)

Apenas Ame


"Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba.



Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona.



Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação."




(Madre Teresa de Calcutá)

A Felicidade é Amor


"A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar.
Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar".








(Herman Hesse)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

PRECE PARA QUEM SE AMA


Desejo que a sua vida inteira seja abençoada, cada pequenino trecho dela, em toda a sua extensão. Que cada bênção abrace também as pessoas que ama e seja tão vasta que leve abraço a outros tantos seres, sobretudo àqueles que mais sofrem, seja lá por que sofrem. Desejo que os nós que apertam o seu coração sejam gentilmente desatados e que os sentimentos que os formaram se transformem na abertura capaz de criar belos laços de afeto. Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo, aconteça incontáveis vezes pelo caminho. Que cada um deles crie mais espaço em você. Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói. Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, amacie um bocadinho as durezas do mundo.

Desejo que volte para o seu mar quantas vezes forem necessárias até encontrar o seu tesouro. Que quando encontrá-lo, não seja avarento. Que descubra maneiras para compartilhar a sua felicidade, o jeito mais gostoso para se expandir a riqueza. Desejo que quando os ventos da mudança ventarem mais forte, e sentir medo de ser carregado junto com tudo o que parecerem arrastar, você já conheça o lugar onde nada pode arrastá-lo. Que já saiba maneiras de respirar mais macio, quando as circunstâncias lhe encurtarem o fôlego. Que, com o passar do tempo, a sua alma se torne cada vez mais maleável, mas que seja firme o bastante para nunca desistir de você.

Desejo que tudo o que mais lhe importa floresça. Que cada florescimento seja tão risonho e amoroso que atraia os pássaros com o seu canto, as borboletas com as suas cores, o toque do sol com seu calor mais terno, e a chuva que derrama de nuvens infladas de paz. Desejo que, mais vezes, além de molhar só os pés, você possa entrar na praia da poesia da vida com o coração inteiro e brincar com a ideia que cada onda diz. Que, ao experimentar um caixote ou outro, não se arrependa por ter entrado na água, nem desista de brincar. Todo mundo experimenta um caixote ou outro, às vezes um monte deles, quando se arrisca a viver. O outro jeito é estar morto. O outro jeito é não sentir.

Desejo que não tenha tanta pressa que esqueça de colher estrelas com os olhos nas noites em que o céu vira jardim, e levar para plantar no seu coração as mudas daquelas mais luzentes. Que tenha sabedoria para encontrar descanso e alimento nas coisas mais simples da vida. Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro. Que tenha saúde no corpo, saúde na alma, saúde à beça.

Desejo que encontre maneiras para se fazer feliz no intervalo entre o instante em que cada dia acorda e o instante em que ele se deita pra dormir, porque a verdade é que a gente não sabe se tem outro dia. Que quanto mais passar a sua alma a limpo, mais descubra, mais desnude, mais partilhe, com medo cada vez menor, a beleza que desde sempre você é. Que se sinta livre e louco o bastante pra deixar a sua essência florir.


Não importa quanto tempo passe, não importa onde eu esteja, não importa onde esteja você, abra os olhos pra dentro e ouça: o meu coração estará dizendo esta mesma prece de amor para o seu. Amor incondicional, exatamente como neste instante. Não importa o quanto a gente mude, o quanto a distância aparente nos afastar, isto que sinto por você, eu sei, não muda nunca mais.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Está procurando por um amor?


Algumas pessoas que estão sozinhas ficam se perguntando por que o último relacionamento acabou, onde erraram e, ainda assim, continuam a começar relacionamentos tendo o mesmo final: não deu certo! O que acontece? Por que algumas pessoas não percebem que repetem o mesmo padrão na busca por um relacionamento e por mais que desejem um relacionamento duradouro, não conseguem passar os limites de dias ou alguns meses? Para saber o que acontece por trás dessa repetição de padrão é necessário reconhecer os pontos em comum.


Pare por alguns minutos e reflita sobre seus antigos relacionamentos. Busque o que há em comum entre eles, seja na maneira que termina, como foi durante o relacionamento mas, principalmente, observe a maneira com que ele começa.


Segue abaixo os comportamentos mais comuns quando estamos procurando desesperadamente por amor e que muitas vezes faz com que comecemos relacionamentos que terão o mesmo fim que os anteriores e que nos machucam um pouco mais.


Leia abaixo e procure identificar se há alguma relação com seu jeito de agir:


Por medo, muitas vezes inconsciente, de ficar sozinho, aceita a primeira pessoa que aparece, sem analisar se existem objetivos em comum, valores semelhantes, ou ignorando esses fatores;


Mesmo havendo sinais evidentes que mostram que não é a pessoa mais indicada para se relacionar, você ignora e insiste em tentar algo;


Ao conhecer alguém começa a ceder em tudo, só para agradar o outro, mas com o tempo percebe que perdeu a si mesmo;


Por não ter referências de um relacionamento sadio, permite-se receber muito pouco ou manter um relacionamento destrutivo;


Confunde amizade, gentileza, apego, com amor;


Por dificuldade em dizer não, aceita sair com alguém mesmo percebendo que não é quem quer;


Fica preso às aparências e promessas que raramente se concretizam;


Simula um encontro casual, deixando a outra pessoa sem opção;


Sem amor-próprio ou respeito por si mesmo, implora que o outro fique ao seu lado, mesmo sabendo que o outro não o quer mais;


Acredita que o que essa pessoa que acabou de conhecer fez no último relacionamento não fará com você;


Pretende ajudar o outro a superar os problemas atuais, com o desejo inconsciente de salvá-lo e quem sabe, assim irá perceber seu valor e ficar com você;


Ignora as incoerências entre as palavras e as atitudes;


Acaba de conhecer uma pessoa e já se imagina, ou age ou espera, como se tivesse um relacionamento de anos;


Insiste em querer que a pessoa seja o que idealizou, mesmo que se mostre muito longe de ser quem você espera que seja;


Confunde atração física com amor, ou espera que, mantendo relações sexuais, obterá amor;


Permanece no relacionamento mesmo estando infeliz, esperando que o outro mude, ainda que não demonstre interesse em mudar.


Como podemos observar, há alguns sinais evidentes que a relação dificilmente dará certo, mas por alguns motivos, muitas vezes inconscientes, as pessoas ignoram esses sinais.


Há momentos em que tudo que conseguimos perceber é apenas a confusão em que nos encontramos, onde os sintomas são facilmente identificados: angústia, pesadelos, dores no corpo, insônia ou necessidade de dormir mais, agressividade, irritabilidade, entre outros sintomas, mas interpreta esses sintomas pelo fato de estar só. Não é a solidão que o leva a entrar em relacionamentos desastrosos, mas a falta de conexão consigo mesmo e, isso sim, é que intensifica a solidão. O que poderá refletir em todas as relações, seja brigando, machucando, sendo machucado, mantendo assim o mesmo padrão.


Para mudar padrões é preciso reconhecê-los e se responsabilizar por ter permitido que sua mente ficasse em total desordem. Você é a única pessoa que poderá arrumar toda essa bagunça. Mas nesse momento, você deve estar se perguntando: Como? Primeiro entenda que se esconder fugir ou evitar as dificuldades não irá resolve nada, pois quase sempre, ficar parado não produz mudança alguma. É importante entender que toda experiência proporcionada pelos relacionamentos anteriores, ainda que tenham sido desgastantes e dolorosos, foram necessários para seu crescimento. Só assim conseguirá quebrar esses padrões. Para isso só há um caminho: a consciência que muitas vezes queremos nos relacionar com alguém antes de nos unirmos a nós mesmos. Mas será que isso é possível? Não! Você não conseguirá receber amor de fora enquanto não receber o amor que há dentro de si mesmo! Pense nisso!






Rosemeire Zago

O Amor Quando Chega


O amor quando chega nos invade, acolhe, aconchega, nos faz brilhar... apesar de tanto desejar e esperar por ele, nem sempre somos abençoados com nobre sentimento! Mas quando chega, verdadeiramente, nos sentimos assustados, não sabemos o que fazer. Se é que deve ser feito algo... só conseguimos saber que sentimos algo forte, muito forte! O que é isso? nos perguntamos, tão diferente do que já senti!... pensamos! Não é por ser diferente que é errado ou com menor valor, apenas é diferente daquilo que conhecemos, mas talvez por isso mesmo seja algo tão assustador. Mas ao mesmo tempo é bom, tranqüilo, parece que liberta; muito diferente daquele sentimento que damos o nome de amor, quando na verdade está muito mais para apego, posse, atração, desejo, prisão.

Só depois que ele – amor - chega é que reconhecemos a sutil diferença ao que sentíamos e um dia demos o nome de amor, e ao que é amor realmente. Para nomear um sentimento com esse nome, ele deve ser muito nobre, o que em nada combina com ciúmes, agressões, insegurança, infidelidade, controle, manipulação, brigas constantes, entre outros! Não, o amor não traz nada disso, ele traz exatamente o contrário: paz, segurança, tranqüilidade, harmonia, crescimento mútuo, confiança, cumplicidade, enfim, aquilo que sempre desejamos ter, mas enquanto não for amor de verdade, dificilmente conseguiremos conquistar, por mais que o desejemos.

Mas por qual motivo é tão difícil encontrar o amor verdadeiro? Tudo começa com a falta de amor por nós mesmos, que geralmente vem associada à baixa auto-estima. Ou seja, se não reconhecemos nossos reais valores, como podemos nos amar? E como saber de nosso valor enquanto pessoa se nem todos se dão ao trabalho de se conhecerem? Dificilmente, alguém ama quem não conhece, ou ainda, quem não se dá o devido valor.

Isso nos faz chegar à conclusão que sem nos conhecermos, e em conseqüência nos amarmos - pois o amor vem do conhecimento, admiração, que se tem por outra pessoa ou por si mesmo - não conseguiremos verdadeiramente amar alguém ou permitir que tal amor chegue até nós!

Sem nos conhecermos, não sabemos quais são as necessidades emocionais que temos, as quais não deixam de existir por não as reconhecermos. Elas muitas vezes são responsáveis por nossas expectativas frustradas, escolhas erradas, repetições de padrões que não mais desejamos viver, pois muitas vezes esperamos que nosso companheiro venha a suprir tudo aquilo que necessitamos desde crianças e que não fomos correspondidos. Com isso tendemos a idealizar o outro, vendo nele aquilo que gostaríamos que fosse e não quem ele é na realidade. E conforme ele vai se mostrando a nós, sentimos como se tivéssemos sido enganados. Mas será que fomos mesmo enganados ou sequer nos demos tempo para saber quem é essa pessoa que deixamos entrar em nossa vida, sem pedir licença, e colocamos nosso coração e nossa vida totalmente em suas mãos? Geralmente, vemos o outro como um ideal e não como real.

Resumindo: a falta de amor-próprio, a baixa auto-estima, as necessidades emocionais não reconhecidas, geralmente causadas pela falta de autoconhecimento, somada às idealizações, expectativas, carências, histórico de vida, podem comprometer nossos relacionamentos e dificultar o encontro com o verdadeiro amor. O que, no fundo da alma, é o que todos buscamos.

Portanto, devemos realizar toda essa caminhada de autoconhecimento para depois nos permitirmos nos envolver com outra pessoa, o que raramente as pessoas fazem. Elas querem alguém que não as façam se sentir sozinhas e, nessa busca, muitas vezes se encontram mais sozinhas do que antes. Por medo de ficar só envolvem-se com pessoas cujo relacionamento traz apenas sofrimento.

Mas como reconhecer se o que sinto é amor? você deve estar se perguntando... Para reconhecê-lo é preciso ter um mínimo de autoconhecimento, pois do contrário estará vulnerável a considerar toda pessoa que vier a conhecer e/ou se relacionar como uma possibilidade de vivenciar o amor, podendo assim facilmente confundir apego, posse, atração, com amor. Fará isso porque irá sobrepor suas carências, sem respeitar suas reais necessidades, que muitas vezes está muito distante de serem supridas por esse pessoa. Claro que devemos considerar que ninguém supre as carências de ninguém, mas sempre queremos uma pessoa que seja carinhosa, compreensiva, amiga, enfim, que tenha valores semelhantes aos nossos, mas ignoramos isso e nos envolvemos sem o menor conhecimento do outro, em conseqüência da falta de conhecimento de nós mesmos, assim nos tornamos dependentes emocionais. Sim, não podemos saber isso sem dar o mínimo de chance para conhecer o outro, mas quantas vezes não entramos num relacionamento sem sabermos muito bem sequer o que queremos?

Como encontrar alguém que lhe faça feliz se nem você mesmo o sabe? Como conhecer alguém se você mesmo não se conhece? Como não repetir padrões se nem sabe quais está repetindo? Sim, o autoconhecimento se torna importante até para iniciar um relacionamento, portanto, procure se conhecer mais, saber o que é importante para você no relacionamento afetivo, tenha referência de como seria o relacionamento ideal para você, ainda que ele não seja exatamente igual, ao menos saberá o quanto está perto ou distante do que deseja realmente para sua vida.

Por que você está só


As pessoas têm ideias erradas sobre o amor; como a de que, quando amamos, não precisamos de nada mais. Outro erro é confundi-lo com a excitação e a euforia do início da união. Esses mitos prestam um grande desserviço ao amor. Ao se livrar deles fica mais fácil encontrar parceiros e estabelecer relações mais criativas e duradouras. Há muitas crenças falsas sobre o amor. Uma delas defende que "é bom em si e, se amarmos, não precisamos de nada mais"; outra propõe que "surge do nada e é eterno".

A ideia de que o sentimento é sempre bom sugere que deveríamos amar sem problemas; já a de que surge do nada indica que temos de esperar por ele, em vez de procurá-lo. É também um absurdo pensar no amor como um sentimento e depois queixar-se de que não é duradouro. Sentimentos mudam.

Aquela emoção inebriante e arrebatadora ligada ao sexo prolonga-se por algumas horas; ou poucos dias; a excitação e a euforia talvez duram meses, mas isso ainda é um tempo curto no calendário do amor. O clímax de um bom romance não ocorre logo nos primeiros capítulos, quando ainda faltam 500 páginas para o final. Assim, ficar vidrado nas sensações calorosas e borbulhantes nos momentos iniciais pode nos fazer confundir excitação com amor.

A paixão desenfreada é uma idealização e frequentemente consiste apenas no sentimento de excitação, às vezes, avassalador. Na verdade, a idealização de quem amamos é o que em grande parte faz do amor uma emoção tão desejável; não há nada de errado em vermos a pessoa amada como "o ser mais maravilhoso do mundo". Só que a idealização tem seu preço: torna o amor maior do que o companheirismo e desejo sexual, pois envolve a glorificação do outro. Aí a levamos ao extremo: procuramos alguém que nos ame totalmente, sem compromissos anteriores, sem paixões recolhidas. Mas é quase impossível encontrar alguém que tenha uma história assim, uma vida sem amores vividos, fracassados ou perdidos.

O problema é que, quando existe exigência excessiva pela perfeição do outro, despimos a pessoa amada da realidade, ela é esmagada com expectativas impossíveis e posta num pedestal, podendo cair a qualquer momento; ou a vemos como alguém que não atingiu seu potencial, não conseguiu realizar-se e acaba sendo fonte de decepções.

Ao contrário de nossas expectativas, o amor não é "a resposta" para tudo; apresenta tanto soluções quanto problemas. Amar, por outro lado, não é entrar num mundo onde não existam desilusões, medos, ciúme, raiva. A idealização do amor tem, portanto, um custo. Não é verdade que tudo de que precisamos é estar amando; necessitamos também de trabalho, de pagar o aluguel, de amigos fiéis, de boa dose de coragem.

A excessiva idealização nos faz pensar no amor como garantia em vez de desafio, numa coisa fixa, não num processo de vaivém, ou seja: ora ele se manifesta, ora não. Esperamos sentir mais do que realmente sentimos e, por isso, desconfiamos de nós mesmos. Acontece que, como qualquer outra emoção, o amor varia de intensidade. E, como a maioria de nós não é capaz de manter um delírio febril por muito tempo, aparecem as dúvidas chatas: "Será que eu ainda o (a) amo?". É como se o amor fosse real só quando é explosivo, obsessivo, quando nos absorve totalmente.

O amor, como todas as outras coisas, deve encaixar-se na vida e, em geral, ela é cheia de problemas e obrigações. Como pergunta, de forma contundente, o filósofo americano Robert Solomon em seu livro O Amor, "por que nos recusamos a admitir que o amor possa ser de meio período", como ocorre com a tristeza, a alegria e os outros sentimentos? Ele continua: "No amor, não queremos só sexo e segurança, mas também felicidade, companhia, diversão, alguém com quem viajar, sair, alguém de quem depender nas horas difíceis...”.

Portanto, o amor é um estimulante emocional poderoso, que pode parecer milagroso, porém tanto destrói vidas quanto as salva. E ninguém vende um remédio milagroso aos fregueses sem mencionar os efeitos colaterais ou a dosagem ideal". Esses mitos prestam um grande desserviço ao amor. Quem se liberta deles pode ter mais facilidade para encontrar parceiros e estabelecer relações criativas e duradouras.


Maria Helena Matarazzo

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


“Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”

Textos extraídos do livro ''Aprendendo a viver'', Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.
A meta é o auto conhecimento
total. Quando consegui-lo, o que mais você deseja
estará automaticamente lá, e o que mais despreza
desaparecerá.


Livre-se do fardo do julgamento - você
se sentirá muito mais leve. Julgar impõe rótulos de
certo ou errado em situações que simplesmente
são.
Tudo pode ser compreendido e perdoado,
mas quando você julga, fecha as portas
à compreensão e abandona o processo de aprender
a amar. Ao julgar os outros, você reflete sua
carência de auto - aceitação.
Lembre-se de
que toda pessoa que você perdoa é mais uma
parcela somada à sua auto - estima.


Não contamine
seu corpo com toxinas, seja através de alimentos,
bebidas ou emoções venenosas. Seu corpo é
mais do que um sistema de suporte à vida.
É
o veículo que o transportará em sua jornada rumo
à evolução. A saúde de cada célula contribui
diretamente para seu estado de bem-estar, porque
cada célula é um minúsculo ponto de consciência
dentro do campo de consciência que é
você.

Substitua comportamento motivado
pelo medo, por comportamento motivado por amor.
Medo é o produto da memória, que reside no
passado. Ao relembrarmos o que nos magoou antes,
dirigimos nossas energias para nos assegurarmos de
que uma antiga mágoa não se repetirá. Mas tentar impor
o passado ao presente jamais afastará a ameaça
de ser magoado outra vez. Isto só acontece quando
você encontra a segurança de seu próprio ser, que é
o amor.
Motivado pela verdade dentro de você,
será possível enfrentar qualquer ameaça porque
sua força interior é invulnerável ao medo.
Compreenda
que o mundo físico é apenas um espelho de
uma inteligência mais profunda. A inteligência é
o organismo invisível de toda matéria e energia,
e, uma vez que uma porção desta inteligência
reside em você, você compartilha o poder organizador
do cosmos.


Por ser inseparavelmente ligado à tudo,
você não pode se permitir prejudicar o ar e a
água do planeta. Mas, a um nível mais profundo,
você também não pode se permitir viver com uma
mente venenosa,
porque todo o pensamento
deixa uma impressão registrada no campo da
inteligência.


Viver em equilíbrio e pureza é o bem
mais elevado para você e para a Terra."

"Ouça a sabedoria do seu corpo, que se expressa
através de conforto e desconforto. Ao escolher um
determinado comportamento, pergunte ao corpo:
"Como se sente a respeito?" Se o seu corpo enviar um
sinal de sofrimento físico ou emocional, cuidado! Se o
sinal for de conforto e animação, siga em frente.


Viva no
presente, pois é o único momento que você tem.
Fique atento ao aqui e agora ; procure a plenitude
de cada momento. Aceite o que chega até você total
e completamente de modo que possa apreciar,
aprender e deixar passar - seja o que for. O presente
é como deveria ser. Reflete leis infinitas da natureza
que trouxeram a você este exato pensamento, esta reação
física. Este momento é o que é porque o universo é o
que é.
Não lute contra o infinito esquema das
coisas, em vez disso, una-se a ele.


Aproveite algum
tempo para ficar em silêncio, para meditar, acalmar
o diálogo interior. Nos momentos de silêncio, perceba
que está entrando em contato com sua fonte de
pura consciência. Preste atenção à sua vida interior
para que possa ser guiado pela intuição, e não
por interpretações impostas externamente do que
é bom ou não para você.

Renuncie à necessidade
de aprovação externa. Você é o juiz do seu valor, e o
seu objetivo é descobrir um valor infinito em si
próprio, não importa o que os outros pensem.
Esta percepção traz grande liberdade.


Quando você
se descobrir reagindo com raiva ou antagonismo a
qualquer pessoa ou circunstância, acredite que
só está lutando consigo mesmo.
Resistir é
a resposta de defesas criadas por velhas mágoas.
Ao renunciar à raiva, você estará se curando e
cooperando com o fluxo do universo. Saiba que o
mundo "lá fora" reflete a sua realidade "aqui dentro".
As pessoas contra as quais você reage mais fortemente,
seja com amor ou ódio, são projeções do seu mundo
interior. O que mais você odeia é o que mais nega
em si mesmo. Use o espelho dos seus relacionamentos
para guiar sua evolução.

Toques espirituais sobre maturidade e consciência
Não espere a compreensão dos outros, seja você essa compreensão.
Não espere ser feliz pela presença de alguém amado na sua vida; seja feliz só porque você existe, independentemente de qualquer um.
Não espere que um salvador celeste venha salvar sua alma, apenas evolua e cresça, para você ser salvo de sua própria ignorância.
Não espere o perdão de alguém, seja você esse perdão.
Não espere que alguém se desculpe de você, seja você essa desculpa.
Não espere que a morte surja para provar que você vive além dela; use o discernimento e saiba disso agora.
Não espere a vida passar para que você passe sem compreender coisa nenhuma.
Cada momento é importante, cada vida é importante, e cada coisa que se aprende é importante; por isso é muito importante viver e valorizar essa existência atual, que tem de ser a melhor de todas as existências, independentemente de vidas anteriores.
O que você possa ter sido lá atrás, já passou... Se você foi Hitler ou Buda, não interessa!
O que interessa é essa vida, e que você seja feliz aqui e agora, sem jamais depender de algo (ou de alguém) fora de si mesmo.
E toda transformação que você quiser que ocorra, seja você mesmo essa transformação, em lugar de procurar pedir essa transformação fora de si mesmo, dos outros, do mundo ou do que quer que seja.
O que quer que aconteça na sua vida, seja lá o que for, a chegada de alguém ou sua partida, não dependa disso para que seu discernimento se acenda.
Independentemente de quem chega ou de quem parte, é você que está ai dentro e, ao longo da eternidade, você estará acompanhado por si mesmo, todo o tempo.
Então, se amanhã ou em outras vidas, você quiser estar bem acompanhado, comece a crescer agora, para que você seja boa companhia para sempre, de você mesmo.

"O relacionamento constitui o maior desafio para a pessoa, pois é apenas no relacionamento com os outros que os problemas não resolvidos ainda presentes na psique individual, são afetados e ativados. Muitas pessoas evitam a interação com seus semelhantes, para poder conservar a ilusão de que os problemas decorrem do outro. Já que é só na presença deste e não no isolamento,
que surge a sensação de perturbação.


No entanto, quanto menos contato for cultivado, mais acentuado se torna o anseio por ele. Trata-se, aqui, de um tipo diferente de dor – a da solidão e da frustração. No entanto, o contato torna difícil manter a ilusão, pelo tempo que for, de que o eu interior não tem defeitos e é harmonioso. É preciso haver uma anomalia mental para alegar por muito tempo que os problemas de alguém no relacionamento são causados exclusivamente pelos outros. É por isso que os relacionamentos são simultaneamente uma satisfação, um desafio e uma medida de avaliação do estado interior. O atrito decorrente do relacionamento com os outros pode ser um instrumento de purificação e autoconhecimento para quem quiser usá-lo.

Ao recuar diante desse desafio e sacrificar a realização do contato íntimo, muitos problemas internos jamais serão ativados. A ilusão da paz e unidade internas proporcionada pela fuga ao relacionamento resultou até mesmo na crença de que o crescimento espiritual é intensificado pelo isolamento. Nada poderia estar mais distante da verdade. É preciso não confundir essa afirmação com a noção de que períodos de solidão são necessários para a concentração interior e auto-exame. Mas, esses períodos devem sempre ser alternados com períodos de contato – quanto mais íntimo for esse contato, maior grau de maturidade espiritual ele indica.


O contato e a falta de contato com os outros podem ser observados em vários estágios. Há muitos graus de contato entre os extremos absolutos do completo isolamento externo e interno, de um lado, e a mais íntima e profunda relação de outro. Existem aqueles que desenvolveram certa capacidade superficial de se relacionar, mas, mesmo assim fogem da revelação mútua mais significativa, aberta, sem disfarces. Eu poderia dizer que o ser humano médio da atualidade oscila em torno de
algum ponto entre os dois extremos."



Autoria: Eva Pierrakos
Livro: Criando União

Amai-vos


Amai-vos um ao outro,
mas não façais do amor um grilhão.


Que haja, antes, um mar ondulante
entre as praias de vossa alma.


Enchei a taça um do outro,
mas não bebais da mesma taça.


Dai do vosso pão um ao outro,
mas não comais do mesmo pedaço.


Cantai e dançai juntos,
e sede alegres,


mas deixai
cada um de vós estar sozinho.


Assim como as cordas da lira
são separadas e,
no entanto,
vibram na mesma harmonia.


Dai vosso coração,
mas não o confieis à guarda um do outro.


Pois somente a mão da Vida
pode conter vosso coração.


E vivei juntos,
mas não vos aconchegueis demasiadamente.


Pois as colunas do templo
erguem-se separadamente.


E o carvalho e o cipreste
não crescem à sombra um do outro.




Gibran Kahlil Gibran

Um dia você aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

William Shakespeare

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje, sei que isso tem nome: auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia e meu sofrimento emocional não passam de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje, sei que isso é autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje, chamo isso de amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje, sei que o nome disso é respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje, sei que se chama amor próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje, faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje, sei que isso é simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes. Hoje descobri a humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Vivo um dia de cada vez. Isso é plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é saber viver !"






Livro: Quando me amei de verdade

Sincrodestino


"Você já escutou alguma vez aquela 'vozinha' dentro de você?
Já teve uma 'forte sensação' a respeito de alguma coisa ou de alguém?


Essa vozinha e essa sensação são formas de comunicação, nas quais geralmente
vale a pena prestar atenção.


As coincidências também são uma espécie de mensagem.


Ao ficar atento às coincidências da vida, você poderá aprender a ouvir com mais clareza as mensagens que elas encerram e, ao compreender as forças que moldam as coincidências, pode vir a influenciar essas forças e criar seu próprio conjunto de coincidências significativas, tirar vantagem das oportunidades que elas apresentam e experimentar a vida como um milagre em constante expansão, que inspira a cada momento admiração e respeito.


(...)


Quando você entende a maneira como a vida realmente funciona -- o fluxo de energia, as informações e a inteligência que orienta cada momento -- ,
começa a ver o incrível potencial desse momento.


As coisas mundanas deixam de incomodá-lo.


Você se torna despreocupado e cheio de alegria.


Também começa a encontrar na vida um número cada vez maior de coincidências.


Quando em sua vida você dá valor às coincidências e ao significado delas, entra em contato com o campo fundamental de possibilidades infinitas.


É aí que a magia tem início.


Trata-se de um estado que chamo de sincrodestino, no qual torna-se possível alcançar a realização espontânea de todos os nossos desejos.


O sincrodestino requer que você tenha acesso a um lugar profundo dentro de si, ao mesmo tempo que desperta para a complexa dança de coincidências no mundo físico.


Ele exige que você compreenda a natureza profunda das coisas, que reconheça o manancial de inteligência que cria interminavelmente nosso universo, mas que tenha a intenção de perseguir as oportunidades específicas de mudança quando elas surgirem".




Autoria: Deepak Chopra